A
Delegacia Regional de Polícia de Lages, na Serra Catarinense, recebeu
uma denúncia sobre um estupro que teria sido cometido por um enfermeiro
contra uma paciente internada no Hospital e Maternidade Tereza Ramos
(HTMR). O caso ocorreu na madrugada desta quinta-feira (23), e a unidade
de saúde registrou um boletim de ocorrência.
À reportagem da
Rádio Clube de Lages, a mulher relatou que estava internada com uma
doença pulmonar. Na noite do caso, o enfermeiro teria agido de forma
invasiva durante o atendimento e dado uma medicação diferente à
paciente.
“Ele perguntou sobre as minhas genitais, coisas que as
enfermeiras nunca tinham perguntado para mim. Eu estava de camisola e
ele me olhava muito. Não me senti bem e coloquei um calção por baixo da
camisola. O último remédio que tomava para dormir, o Diazepam, que era
de praxe todos os dias às 22h30min, eram elas que me davam. Nesse dia
ele disse para mim, ‘vai ter outro remedinho’, e eu perguntei o porquê
de outro medicamento. Ele respondeu que era para eu ficar calma, que era
um calmante porque eu teria um exame no outro dia”, contou a mulher.
De
acordo com a paciente, após ingerir a nova medicação, um “copo marrom
com metade de líquido”, ela teria ficado sedada. A mulher afirma que
percebeu as movimentações e toques que o profissional realizou em seu
corpo, inclusive a machucando.
“Depois disso não me lembro mais,
a única coisa que me lembro, é que eu estava sob o efeito do remédio,
mas consciente de tudo que ele estava fazendo comigo. O meu
subconsciente acordou com ele me puxando para fora da cama, o meu
bumbum, e cometendo aqueles atos, passando a mão, passando outras
coisas, inclusive, colocando os dedos. E eu sob o efeito do remédio sem
poder gritar, nem fazer nada, sentindo tudo. Ele estava me machucando”,
disse.
A ação do enfermeiro teria ocorrido pelo menos duas vezes,
conforme contou a mulher. Pela manhã, a vítima percebeu que suas vestes
estavam de forma diferentes e relatou a uma enfermeira o ocorrido.
“Ele
fez isso duas vezes, ele cometeu isso, saiu do quarto e voltou
novamente a fazer isso comigo de novo. Do mesmo jeito que ele fez
comigo, ele me deixou, só jogou a coberta por cima de mim e pronto. Me
acordei desesperada, umas 5 ou 6 horas da manhã, veio uma enfermeira
muito querida. Fui olhar o lado da minha cama e as minhas partes
íntimas, e realmente o calção e a calcinha estavam arredados. Quando
contei para a enfermeira eles não deixaram chamar a polícia na hora, mas
as meninas, em si, me trataram muito bem, tomaram a minha dor, foram
pessoas responsáveis comigo, inclusive a direção do hospital”, relatou a
paciente.
Ainda na manhã do dia em que teria acontecido o abuso
sexual, a mulher afirma que a diretora-geral do Hospital e Materinidade
Tereza Ramos, Cristina Subtil, acionou a Polícia Civil para realizar uma
perícia.
“A doutora Subtil, diretora do hospital, conversou
comigo e tomou minha dor e chorou. Ela ligou particularmente para a
delegada e para a perícia. Fiz a perícia no quarto, eles recolheram as
minhas roupas de cama, tudo imediatamente. A delegada falou comigo e
recolheu meu depoimento em gravação. O hospital me deu toda a
assistência, fizeram todos os exames, e me mandaram para casa”, contou.
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